NOVIDADES
FILHADAPUTENSES
O país dos Filhos da Puta se
trata de uma República Federativa. À semelhança da nossa Pátria Mãe, foi esse
país filhadaputense, a cousa de uma centena de anos passados, uma monarquia.
Porém, alguns senhores barbudos e de costeletas que dominavam a farra na arena
da futrica política Filha da Puta se reuniram. Entre “coronéis & patrões”
decidiram que era hora de dar um basta à monarquia filhadaputense. Pois, o rei
tinha as maiores costeletas de todos os filhos da puta e tal característica
causava inveja geral.
No país dos Filhos da Puta
agradar, contentar, amamentar aliados políticos e barnabés é mister fundamental
do governo. Não devota o poder executivo maiores e melhores atenções às
necessidades mundanas do zé povinho. Da plebe rude sempre pedinchando isso e
aquilo. Pobreza maçante, desagradável aos olhos aristocratas: filhos a tiracolo
nas filas intermináveis de postos de saúde mal aparelhados e aos pedaços.
Chinelinhos de tira sob o rigor úmido das intempéries, e desesperança. Grita
geral por isso e aquilo. Mãozinhas pardavascas estendidas à forra. Badernas
perturbando ao metro quadrado mais chique da capital cultural filhadaputense,
em cujas faldas se amontoam casebres tal e qual cabras nas escarpas dos montes.
Mas, com uma provisão de
ajustes miraculosos o governo filhodaputense – centralizador & ortodoxo, vai
aos meios de comunicação alardear sucessos e avanços na área social. Sim,
avanços. Avanços de grileiros filhos da puta sobre terras dos poucos indígenas
e afro descendentes livres viventes naquela nação. Avanço da criminalidade:
escândalos envolvendo políticos filhosdaputenses. Escândalos cujas dimensões
impedem ao executivo utilizar-se da prática comum: o tapete. O velho e surrado
tapete para debaixo de que se varrem as enxovias e maracutaias de pequena e
média monta. Não, soube-se impossível dessa vez, os bandalhos exageraram no
saque deixando as vergonhas à vista dos cidadãos filhadaputenses. O butim
fez-se demasiado volumoso emprenhando o tapete, que inflou como pança de Momo.
Embora a esse não se impute fama de ladrão.
Esses filhos da puta são,
todavia, industriosos. Tramita em seu parlamento uma lei para amarrar de tal
forma o judiciário a ponto de lhe tolher o ofício. Privado do direito à livre
investigação ver-se-ão os guardiões da lei filhadaputenses inertes frente à
criminalidade. Ficarão à mercê da burocracia filhadaputense que assim, ensejará
ao delito e ao crime. Facilitando sobremaneira a segunda maior vocação do país
Filho da Puta: o carteiraço. O carteiraço desembaraça qualquer situação. Munido
de um pistolão, um padrinho em muito similar ao Dom Corleone cinematográfico, o
arguto pichelingue invoca a autoridade do padrinho bucaneiro para auferir
cargos, mandos e fundos. Ou para escusar-se de prestar contas dos desvios que
faz. O carteiraço graça na República Federativa dos Filhos da Puta desde
priscas eras quando se amarrava cachorros com “vales refeição”. Tamanha é a
vigarice estamental Filha da Puta a ponto de, da noite para o dia se criar
cargos de fancaria no intuito simples de apaziguar descontentes e granjear
aliados. Para nada servem tais autarquias. Tão somente criar rombos no
“acrobático” e minguado orçamento Filho da Puta. Que é uma carcaça repartida
desigualmente entre um milhar de chacais.