Fonte:www.fotolog.com/johnbraga
A vanguarda desapareceu do cenário da música pop nacional mais afastada das raízes do samba e da bossa nova. Mutantes, Casa das Máquinas, O terço, Almôndegas e Zé Rodrix- com toda ótima qualidade que possuem, infelizmentne continuarão a ser "velhas novidades" para as gerações que vierem lhes dar ouvidos. Todavia em matéria de um som pop bem tirado ninguém conseguiu sequer uma beira, ou seja, ninguém se aproximou - não ousou, chegar perto da sonoridade de um Tim Maia, de Jorge Benjor, de Jards Macalé, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Luiz Melodia e Karnac.
[...] Numa cena musical revisitada periodicamente por insossas letras & melodias paupérrimas, em sentido literal: desonestas! Havendo a tão desejada originalidade fraudada pelo uso abusivo de padrões melódicos, harmônicos e rítmicos explorados à exaustão. Tendo, esses padrões, caído no domínio público pela impossibilidade de identificar-se com precisão a autoria. Há trinta anos ou mais, sofremos ataques da repetição desmesurada. A produção em série de músicas ruins e ao gosto de uma alcatéia faminta por carniça, sem prestar muita atenção na sonoridade, letra, condução, afinação... O negócio - parodiando meu ídolo Zé Trindade, é rosetar.
Entretanto, "entretantos" cagalhões sonoros despejados diuturnamente nos emissários "merdalhosos" dos ouvidos preparados ou não vez ou outra oxigenamos o sangue venoso com alguma réstia de Belchior, Zé Ramalho e aquelas antigas do Vitor Ramil e do Nei Lisboa; as que não são chatas. Porque no teatro de devastção; no cenário de terra arrasada do pop canção brasileiro com "échio" ouve-se muito raramente vozes como as de Ednardo, Elomar, Vital Farias. Vozes que dificilmente tornarão nos deleitar. O motivo? Efeito colateral da cultura de massa; Sumiço do que é bom. Rompimento da frágil linha divisória entre educação e padronização - formação de autômatos, repetidores, copiadores, clonadores de idéias alheias pela incapacidade crítica de obterem por si mesmos opinião original.
O banimento da formação de cidadãos com consciência crítica pode ser bem vantajoso para os mandatários do poder oficial. Afinal, povo descontente vota diferente. Vejam só. Consciência Crítica, uma qualidade valorizada, encejada, perseguida eu diria, por aqueles antigos mestres estudiosos da filosofia na Grécia dos pré socráticos, na China Confucionista, e demais nações onde a razão nunca era confundida com razia.
Por falar em razia, foram os belicosos romanos os reponsáveis por chegarem até nós fragmentos desses conhecimentos. A burguesia romana, acusada de fútil e vaidosa - opulenta classe de gente frequentadora de bacanais e termas, tinha lá seu lado letrado.
Chegou a nossos dias o relato do escritor, orador, jurista, político administrador da Bitínia, Caio Plínio Cecílio Segundo, ou simplesmente Plínio, o moço. De acordo com ele, os ricos romanos afeitos à leitura chegavam dispender fortunas na construção e embelezamento de seu próprio "auditorium". Burgueses patrocinadores das letras, acalentavam por sua vez o sonho de se tornarem escritores afamados. Para isso promoviam encontros de leitura em suas residências. As leituras de peças e livros ali podiam se estender por dias, e, esperava-se de uma platéia educada, além da permanência até o fim da leitura, reações e intervençõs apropriadas ao passar do texto como: gargalhadas e chistes para partes engraçadas . Comoção quando o texto se deparava com drama. Apupos, palmas de encorajamento, exclamações; ovação consagradora. Tudo durante o transcorrer da leitura.O silêncio era considerado sinal de desaprovação, quando não desrespeito ao autor leitor ali presente. Dorminhocos eram julgados grosseiros.
Mas, que raios a veleidade e os costumes da aristocracia pretensiosa da Roma antiga tem a ver com a degeneração da música pop ocidental?
Tudo. Sem o hábito da leitura não há fonte de argumento, ou mesmo vocabulário razoável. Artistas do cenário pop mundial como Bjork tornam-se excessões. A massificação cultural substituiu a leitura pela diversão televisiva computador e video games. Todos os estudiosos rançosos ou não, mais ou menos previam a decadência da arte em geral através da inovação boçal ofertada pelas novas mídias. Ninguém se ocupou de minimizar o problema. A epidemia foi deflagrada. E deste caminho não há volta.
A vanguarda desapareceu do cenário da música pop nacional mais afastada das raízes do samba e da bossa nova. Mutantes, Casa das Máquinas, O terço, Almôndegas e Zé Rodrix- com toda ótima qualidade que possuem, infelizmentne continuarão a ser "velhas novidades" para as gerações que vierem lhes dar ouvidos. Todavia em matéria de um som pop bem tirado ninguém conseguiu sequer uma beira, ou seja, ninguém se aproximou - não ousou, chegar perto da sonoridade de um Tim Maia, de Jorge Benjor, de Jards Macalé, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Luiz Melodia e Karnac.
[...] Numa cena musical revisitada periodicamente por insossas letras & melodias paupérrimas, em sentido literal: desonestas! Havendo a tão desejada originalidade fraudada pelo uso abusivo de padrões melódicos, harmônicos e rítmicos explorados à exaustão. Tendo, esses padrões, caído no domínio público pela impossibilidade de identificar-se com precisão a autoria. Há trinta anos ou mais, sofremos ataques da repetição desmesurada. A produção em série de músicas ruins e ao gosto de uma alcatéia faminta por carniça, sem prestar muita atenção na sonoridade, letra, condução, afinação... O negócio - parodiando meu ídolo Zé Trindade, é rosetar.
Entretanto, "entretantos" cagalhões sonoros despejados diuturnamente nos emissários "merdalhosos" dos ouvidos preparados ou não vez ou outra oxigenamos o sangue venoso com alguma réstia de Belchior, Zé Ramalho e aquelas antigas do Vitor Ramil e do Nei Lisboa; as que não são chatas. Porque no teatro de devastção; no cenário de terra arrasada do pop canção brasileiro com "échio" ouve-se muito raramente vozes como as de Ednardo, Elomar, Vital Farias. Vozes que dificilmente tornarão nos deleitar. O motivo? Efeito colateral da cultura de massa; Sumiço do que é bom. Rompimento da frágil linha divisória entre educação e padronização - formação de autômatos, repetidores, copiadores, clonadores de idéias alheias pela incapacidade crítica de obterem por si mesmos opinião original.
O banimento da formação de cidadãos com consciência crítica pode ser bem vantajoso para os mandatários do poder oficial. Afinal, povo descontente vota diferente. Vejam só. Consciência Crítica, uma qualidade valorizada, encejada, perseguida eu diria, por aqueles antigos mestres estudiosos da filosofia na Grécia dos pré socráticos, na China Confucionista, e demais nações onde a razão nunca era confundida com razia.
Por falar em razia, foram os belicosos romanos os reponsáveis por chegarem até nós fragmentos desses conhecimentos. A burguesia romana, acusada de fútil e vaidosa - opulenta classe de gente frequentadora de bacanais e termas, tinha lá seu lado letrado.
Chegou a nossos dias o relato do escritor, orador, jurista, político administrador da Bitínia, Caio Plínio Cecílio Segundo, ou simplesmente Plínio, o moço. De acordo com ele, os ricos romanos afeitos à leitura chegavam dispender fortunas na construção e embelezamento de seu próprio "auditorium". Burgueses patrocinadores das letras, acalentavam por sua vez o sonho de se tornarem escritores afamados. Para isso promoviam encontros de leitura em suas residências. As leituras de peças e livros ali podiam se estender por dias, e, esperava-se de uma platéia educada, além da permanência até o fim da leitura, reações e intervençõs apropriadas ao passar do texto como: gargalhadas e chistes para partes engraçadas . Comoção quando o texto se deparava com drama. Apupos, palmas de encorajamento, exclamações; ovação consagradora. Tudo durante o transcorrer da leitura.O silêncio era considerado sinal de desaprovação, quando não desrespeito ao autor leitor ali presente. Dorminhocos eram julgados grosseiros.
Mas, que raios a veleidade e os costumes da aristocracia pretensiosa da Roma antiga tem a ver com a degeneração da música pop ocidental?
Tudo. Sem o hábito da leitura não há fonte de argumento, ou mesmo vocabulário razoável. Artistas do cenário pop mundial como Bjork tornam-se excessões. A massificação cultural substituiu a leitura pela diversão televisiva computador e video games. Todos os estudiosos rançosos ou não, mais ou menos previam a decadência da arte em geral através da inovação boçal ofertada pelas novas mídias. Ninguém se ocupou de minimizar o problema. A epidemia foi deflagrada. E deste caminho não há volta.
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