Há que se ter cuidado com a humildade em excesso. Certo é: as contingências da vida, as necessidades urgentes, os imprevistos nos fazem baixar a cabeça e nos prestarmos a papéis servis, muitas e muitas vezes aquem de nossa capacidade. Não é nem jamais será degredo a ninguém trabalhar braçalmente para o sustento. Tampouco vergonha será descer uma ou várias posições de status a fim de garantir a sobrevivência. A dignidade reside na postura do homem, nos empenhos e manutenção fiel desses tratados com seu próximo. No respeito e na dignidade. Todavia, a canalhice geral que permeia a visão do patrão muito procura explorar ao máximo quaisquer necessidades do empregado. Fragilidades, carências que o tornam em um trabalhador útil, obediente, servil, e, principalmente: incapaz de insurgência.
Há de se ter cuidado extremo com essas questões que envolvem a necessidade extrema de um e a vantagem de outro. Se faz necessário sempre ter em mente o respeito devido de ambas as partes mas, principalmente daquelas que detem o poder econômico. Que não subestimem seus empregados. Que não os ameacem com o desemprego ou sanções pecuniárias, que enxerguem o ser humano detrás dos olhos baixos, da cabeça baixa, porém, trazendo na mão direita, à moda ameraba, um porrete forte de camboim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário