Viejo corazón... o de meu pai fraquejou no dia derradeiro de 31 de julho de 1982. Eu não soube de nada até que se tivesse consumado sua vida e ele já não respirasse a modorra fria do lugar onde morávamos... Viejo corazón. Na pieguice de sentimentos & confusões, decantado, me vejo sem querer lutar contra teus reinóis - estou à tua mercê!
Viejo Corazón, operário laborioso e sem soldo, não lembro de ter sentido algum protesto. E, mesmo em face da aflição atendias quando te rogava: Shhhh, acalma-te criança o tempo ainda não é já. Ainda não vais partir pra outros caminhos menos densos, outras sendas mais suaves, menos rudes sendas onde as paixões consumidoras se resolvem por esquecimento. Viejo amigo, perdi tuas redeas, te soltaste em disparada e não há freio para uster essa carreira louca capaz de precipitar-no num preccipício. Num abismo fundo, desventuroso, donde sequer um prisco de luz pode ecapar. Viejo Corazón, curtido "por la milonga" triste de uma vida a esperar ter mais e mais paciência. Mais e mais tolerância, mais e mais amor para te saciar de toda sede.
Viejo Corazón, debuchas cartas a esmo sem endereçar ou subscrever origem, porém agora, já não te faço censurar os desatinos tampouco temo a sorte de teu padecer. Anseio te ver bater descompassado. Desejo sentir-te pular-me do peito, sair das entranhas onde te aninhas, sob o risco de nunca mais me pertencer.
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