Vi muitos filmes, de todo gênero, de todas as épocas e eras cinematográficas, desde a pré-história - tempos do cinema mudo, até a animação virtual que independe da intervenção humana... O dramas humanos são sempre os mesmos, não mudam, sempre os mesmos. Os mesmos assuntos, as mesmas pendengas, celeumas, as mesmas discussões e conflito. Entre homem e mulher a pataquada é sempre a mesma. Ainda não inventamos alguma coisa nova, é sempre a mesma, com poucas variações sobre o mesmo "tema"... Assistir uma discussão entre um casal sem participar dela; ouvi-la passivamente, é estranho, todavia revelador - sumamente revelador. Ouvem-se os tons das vozes, percebe-se as tensões demonstradas pela impostação vocal. Uma ou outra nota mais aguda, mais grave, as timbragens modulando conforme a intenção do interlocutor. O acúmulo de tensão, num crescente, até atingir um ápice que deflagre uma reação - e essa, pode ser de cunho físico, agressiva.Um fala mais, sobrepuja o outro em argumento. A mulher evoca mais fatos,tem uma reserva enorme de argumentos, o homem fala pouco, na verdade não deseja estar ali.Ela desbragada, sob a aparência coerente de um discurso verborrágico. Sem razoabilidade. Ele paralisado, num ouviu metade do que ela disse. Os seres humanos não são reconhecidamente bons em matéria de razoabilidade. Pouco adiantou aparecerem dentre os homens gigantes do intelecto do çorte de um Descartes, um Diderot, um Shakespeare um Freud, um Marx: tanto o Carl quanto o Grouxo... Continuamos os mesmos, descomissionando todo bom senso. Abafando a temperança. Aniquilando a calma. Implodindo a paciência. Dinamitando a concórdia... Porque ninguém mais tem saco pra consertar as merdas que faz aos outros e a si mesmo. Pena, não é mesmo? Mas, pensando bem, até que não acho que seja tão ruim assim...
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