O academismo científico é algo maravilhoso e imaginoso. Algo de sarapantar diria o mais sábio pesquisador e folclorista (lixando-se para o academismo) das Américas Mário Raul de Morais Andrade. Pois é de sarapantar mesmo... Convencido de que um dia, hei de encontrar afirmações produzidas de maneira inedita por pesquisadores e estudiosos contemporâneos acerca de muitos assuntos. Percorro incansavelmente a "selva" escura onde o obscurantismo acadêmico lança suas sementes e mudas. O resultado é pífio. Decepção. Valendo-se de citações e mais citações os candidatos ao ilustre status de conhecedores rondam assuntos que eles próprios não entendem completamente. Valendo-se de um arsenal de chavões e frases prontas de alto gabarito cientificista esses "jabaculês de almanaque" borram páginas e páginas com informações de fancaria. Com redondilhas copidescadas das falas de outrem. Não produzindo eles próprios uma mísera linha de conhecimento próprio, inedito, ousado, arriscado quiçá. Por falta de preparo, por absoluta carência de meios como o domínio de técnica e conhecimento esses acadêmicos circundam os temas a que se propoem esmiuçar sem lhes penetrar o âmago. Única maneira de explicar em detalhe tal e qual faziam os honrosos pesquisadores que os precederam, cujo pendor era preservar a cultura e não ser incensado ou galgar o respeito de seus pares de academia. Enfim, trabalhos científicos, teses universitárias, artigos em revistas e jornais, livros e matérias produzidas para as mídias de rádio, tv e eletrônicas custam dinheiro. E funcionam como papel pega moscas para otários como eu. Não convencidos de que a maioria dos mequetrefes que os produzem, sob a égide oficial de um diploma que credencia a "curiosidade" não fazem nada mais além do que encher linguiça. Sem trema nem tempero que o valha.
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