Não tem choro nem vela, a safadeza continua. As
instituições nacionais de ensino: Institutos Culturais, bibliotecas, órgãos e
organismos & Universidades brasileiras preservam muito bem seus acervos.
Digitalizam sim somente as "capas" de livros e repassam ao google
books e outros sites. Mas, não se tem acesso a nada. Nenhuma página. E olha que
estou falando de livros escritos em 1908, 1920, 1930. Todos sem exceção e por
força de lei incursos na categoria "domínio público". Acontece que os
autores e os temas abordados são consideravelmente interessantes e de muita
valia para a pesquisa nos campos da etnografia, musicologia, antropologia,
folclore, história etc. E, por se tratarem de obras raras muito requisitadas á
pesquisa, alguns sem vergonhas, ou muitos sem vergonhas (infelizmente em se
tratando de Brasil acredito serem muitíssimos) em provável conchavo com sebos e
distribuidores de livros raros anunciam livros e autores sem disponibilizarem
seu conteúdo. Anunciam-nos para vender. Todavia, a esperteza desses
pichelingues literários esbarra na sacrossanta prodigalidade e mecenato de
verdadeiras instituições dedicadas ao saber. Que não fazem reserva de
conhecimento nem o mercanciam como se fosse aniagem com que se enfarda a vida
cotidiana. Para nossa sorte, basta um pouco de paciência que virão em nosso
socorro a Harvard University, a Universidade de Coimbra, Oxford, Cambridge, a
UCLA e tantas mais fontes liberais do conhecimento humano. Elas possuem os tais
livros raros escritos por nossos compatriotas. Elas os digitalizam e nos enviam
sem custo. Assim podemos troçar dos "malandros" que não fazem por
essas bandas cumprir a lei.
(Este artigo é uma republicação. Decidi que de tempos em tempos irei postá-lo como lembrete à safadeza que acontece em todos os setores da vida pública no Brasil - principalmente na educação, que é a base de tudo.)
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