
Quando um relacionamento amoroso duradouro se desfaz não vitima somente o casal. Alter-egos ligados aos cônjuges por simpatia e dever de ofício perecem. Com o fim da relação jamais tomarão fôlego novamente. E quanto mais criativo seja o casal em questão maior terá sido o número de "baixas" entre os personagens criados e interpretados por eles na intimidade.
[...] Uma pena termos de nos desvencilhar dos "cadáveres" do amor sepultando tantas figuras amáveis. Seria traição imperdoável, estender ao novo relacionamento a figura de um velho personagem. Tanto pior se a caracterização de voz, gestual e comportamento for a mesma. Mais grave ainda se além de tudo isso houver descrição pormenorizada do contexto de atuação desse personagem no relacionamento anterior seguido de um perfil psicológico. Nesse caso estaria configurada a suprema infâmia, a mais alta traição! Blasfêmia! (kkk)
Quando o amor fenece entre um casal condena-se ao ostracismo todas as criaturas feéricas, singelas, surgidas do inconsciente lúdico para habitar com o par amoroso por um tempo breve. Tão breve quanto o silvo de uma flecha endereçada a este meu coração piegas!
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