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Toda vez quando surge uma pequena chance de democratização da educação e da cultura, rapidamente os "velhos coveiros do carnaval", como bem os classifica Aldir Blanc começam a urdir seus planos em segredos. Com atos secretos & decretos que esbofeteiam a cara do "polvo": esse um ser tentacular, anamorfo, quase subjetivo. Atualmente entre um escândalo do senado, outro da câmara dos deputados e, de quebra algum sururu estadual - que ninguém quer perder essa "carreira" (risada prazerosa em off); a bola da vez é creditar ao Google e ao Orkut a responsabilidade por todas as perversões do mundo. Seguindo um raciocínio "patrulhar" yanque, querem por ato ou medida provisória aplicar cerceamento à liberdade do Orkut e fiscalizar o Google. Práticas essas comuns no Irã e na China, só para citar dois exemplos.
Coisa é que sem o advento miraculoso do Google Books eu, modesto pesquisador, escritor, estudante, não teria acesso às raras publicações nacionais e internacionais que contam mais de setenta anos, e, por força de lei teriam (na prática selvática de um governo inerte quanto a educação não é assim) de ser disponibilizadas gratuitamente à todos os interessados. Explico: os direitos à propriedade intelectual contemplam o autor ou detentor do chamado "copyright" a recolher dividendos por exatamente 70 anos a contar da publicação ou gravação da obra. Após esse período torna-se domínio público.
Mas no Brasil sil sil das mulheres fruta (cabeças de porongo) celebridades instantâneas não é assim. Primeiro a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro - que promete mas não cumpre, não disponibiliza online nada que valha a pena para um pesquisador inscrito. Segundo, os livros solicitados aparecem como disponíveis em lojas e livrarias. Marcados e etiquetados com preço bem à vista. Porém amigos, há a maravilhosa ferramenta do Google Books. Basta cadastrar-se: Voilá! O Google disponibiliza online livros e mais livros raros e raríssimos para serem copiados, gravados ou só armazenados na sua biblioteca virtual.
Curioso sobre a procedência dessas obras fui investigar quem as tinha digitalizado e posto a circular de forma absolutamente democrática na web: pois bem senhores e senhoras meus vizinhos que lêem esse "anedotário"; tratando seriamente a educação e o ensino os responsáveis por essa iniciativa realmente venerável são as universidades de Harvard, UCLA, Sorbonne e outras tantas instituições sérias dos Estados Unidos, Canadá e Europa preocupadas e interessadas para com a cultura e a educação. Quanto às universidades do Brasil, até tentam fazer o mesmo. A USP e a UNICAMP de São Paulo iniciaram um tímido projeto de digitalização de seu acervo. A bibliteca Nacional, como já disse, põe tantos impecilhos para um download, tanta buracracia e formalidade, que o sujeito desiste logo.
A canalhice demanda muita falta de vergonha. Sem nunca terem mencionado em entrevistas o lado absolutamente democrático do Orkut e do Google os políticos malandros, salafrários deste feudo de bananas d'onde infelizmente não saí quando era tempo, vão no "vai da valsa" enrolando e procurando chifre em cabeça de cavalo. Que vão cuidar da roubalheira generalizada e tentar botar na cadeia a camarilha sem freio sanguessuga do povo deste país, e deixem em paz a única ferramenta realmente democrática que temos e da qual nos valemos para fins de ilustração e educação. Tem lá suas mazelas esse Google e esse Orkut? Tem. Mas democracia é exatamente isso: discordar do ponto de vista do outro, defendendo o direito dele a expressar esse ponto de vista até a morte! (E esta lição democrática aprendi com o grande mestre Voltaire!)
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