Bordunas: www.imagens.google.com.br
Como já afirmei, não sou lá flor que se cheire! Ultimamente tenho urdido planos maquiavélicos com o simples objetivo de chacinar meus vizinhos. Gente supérflua, mesquinha. Gente que passa a vida aos brados; gritaria infernal desde manhã cedo. Já os ouvi; a mulher, brigando por comida. Reclamando um pedaço maior de carne ou mais um bocado de arroz. Não se trata de gente esfaimada ou desnutrida, ela é gorda, chambona e gulosa. Mas desequilibrada. Como de resto a família; marido e filho. O primeiro um simplório, o segundo neurastênico apesar da pouca idade. A mulher apresenta traços de depressão profunda e esquizofrenia. No prosaico das suas conversas entram assuntos desimportantes. Fuxicos, comentários. Planos de melhorias na casa , entre outras coisas.
Teria gosto em chaciná-los. Tudo muito rápido, ao estilo tupi. Uma borduna forte feita de camboim. Manejo ligeiro. Cada cacetada no cocoruto um maluco a menos no mundo... Mas não é correto. Nesses tempos de lei e civilização, em que continua o tráfico de gente. Tempos civilizados quando ladrões vituperiosos roubam da boca dos mais pobres, bilhões e bilhões, e nada lhes acontece em prejuizo pois são intocáveis. Não seria correto esmagar os crânios inúteis de meus vizinhos. Afinal isso poderia abrir um precedente. Outros vizinhos incomodados haveriam de reinvindicar o direito ao mesmo tratamento em relação a seus próximos desafetos. Viraria uma epidemia. Os necrotérios e cemitérios do país ficariam cheios, e diminuiria drasticamente o público nos estádios de futebol.
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