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Coisa de porco: porcaria. Literatura brasileira contemporânea: fancaria. Música pop de garagem realizada por grupos jovens com pouca ou nenhuma informação musical: coisa de porco; isto é: porcaria. Comum, Chinfreiro, amiúde como sal no mar... Sou agressivo. Todo sobrevivente é. Vivemos em prontidão, dizia Noel com propriedade. Expresso minha opinião. Como Voltaire, acredito no meu direito a expressá-la e no direito dos outros em contestá-la. Sem problema. Todavia, não delego a ninguém sob a face ou debaixo da crosta deste planeta o direito de dizer o que eu posso ou não posso fazer, ou expressar. Isso é problema meu. O ônus disso é uma conta particular e intransferível. Ontem, sei lá porque cargas d'água manifestei minha opinião sobre a porcaria de som que ouvi num bar. Era uma banda pop formada por moços. Não os conheço. Nada tenho contra ou a favor deles pessoalmente. Todavia, como músicos aos meus ouvidos soaram péssimos. Repito: porcaria. Podemos enumerar as causas, algumas, dessa impressão: desafinação, instrumental e vocal: pra quem trabalha com música a afinação e o respeito ao andamento são fundamentais para a boa harmonia do conjunto. Semitonação. Composições primárias, sem nenhum elemento que chame a atenção. Tudo muito mais ou menos. Em suma porcaria. Mas, o "X" da questão é eu ter sido censurado. Uma pessoa presente no bar, provavelmente amigo dos rapazes me saiu com essa: "- Tu não podes detonar as pessoas assim!" Houve um equívoco aí meu amigo. Em nenhum momento eu quis ou fiz por criticar as pessoas. Sequer as conheço. Fiz criticar com certa agressividade, confesso, o trabalho que apresentaram. Contudo o artista que expõe seu trabalho levando-o à público. Oferecendo-o á crítica pública. Isso fiz. Todavia, entendo como natural uma crítica construtiva ou destrutiva como no caso foi minha manifestação desde que o trabalho seja qual for esteja disposto á apreciação do público. Um amigo literato me disse certa vez que no Brasil se havia instituído a política do "compadre" em matéria de arte. Ninguém criticava o trabalho (friso: o trabalho) de ninguém porque era amigo, ou amigo do amigo do fulano artista. Ele tem razão. Particularmente incluo no rol da porcaria a literatura do abaixo citado autor. Quanto a sua pessoa, Paulo Coelho: não conheço. Nada posso expressar a respeito dele criatura. Todavia, tenho o direito de dizer que seus livros, os dele e tantos outros, são porcaria. Por quê? Por eu ser crítico de arte? Não. Simplesmente por, em não conhecendo sua literatura ter comprado alguns de seus livros. E, acima disso, pelo direito que tenho de expressar minha opinião.
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