Terminou a grande olimpíada. Os "heróis" do big bosta brother deixaram a malfadada casa global. No último programa a votação atingiu a marca impressionante de 150 milhões de votos. Muito dinheiro. Dinheiro para a rede globo realizar mais e mais programas do tipo "pega moscas". Somos todos moscões. Esta é a síntese da hipótese lógica proposta pela razão simples. Somos moscões varejando ao redor do bolo fecal depositado no canto de uma sala vazia por um "criminoso diarréico anônimo".
Os "brothers" internos naquele manicômio, tendo como supremo alienista Pedro Bial, não são culpados por nenhuma chicana ou conspiração no intuito de tornar as noites da tv brasileira piores do que são. Estão ali, pura e simplesmente almejando uma boa grana, e, quem sabe? um contrato temporário com a rede de televisão mais poderosa e endinheirada da América do Sul. Cento e cinquenta milhões de votos me fazem entristecer cento e cinquenta milhões de vezes porque me tornam pobre. Um lunático desacoroçoado! Todavia, mesmo sem ânimo ainda me comporto como uma ovelha negra que se recusa a balir no coro uníssono dos contentes: béééééééé! bééééééé! Porque sei que a lâmina não demora. O pescoço sangra e o carneiro vai á mesa numa travessa, assado, guisado, frito. Ao gosto dos fregueses que desempenham nessa tragicomédia o papel duplo de espectadores passivos e vítimas abobalhadas. O big bosta brother não é exatamente o problema mor de uma rede de tevê do Brasil sil sil sil com "échio". Não. A mudança de rumos, o abastardamento, a "chinelagem" dos últimos tempos - 20 anos para cá na programação decadente, refletem o ambiente pernóstico de maracutaias & trambiques que graça no país pseudo democrático. Um país de rapineiros liberais. De laranjas que compram grades extensões de terras para o capital estrangeiro e agem como seus testas de ferro. Um país de lesa Pátrias. O big bosta e tantas outras bostas oferecidas por um modelo educacional segregacionista e opressivo reflete qinhentos anos de apropriação indébita, de grilagem de terras. De massacres contra povos indígenas, seringueiros, pequenos agricultores de subsistência. Reproduz os discursos facistas de quem não sabe o que fazer para conter a violência. Para sanar o sistema corrupto. Para devolver a medida justa em benefícios com contrapartida pela fabulosa carga tributária. O big bosta espelha aquilo que cada indivíduo mediano deste país deseja se tornar: uma personalidade famosa. Custe o que custar. Mas advirto: as pessoas que participam do "jogo" anacrônico estão ali por causa da necessidade. E isso torna os métodos e os propósitos do reality show ainda mais desarrazoados.
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