"NA BOSTA ALI DA CABRITA"... Assim grunhe a analfabeta Totonha, personagem do conto homônimo. Do livro Contos Negreiros de meu amigo Marcelino Freire. Na bosta ali da cabrita vivem milhares, milhões de brasileiros, amargando dia após dia uma desesperança sem graça nenhuma, senhoras e senhores. Sem nenhuma graça. Senhoras e senhores filhos da puta!
Senhoras e senhores biliardários - podres de ricos. Seria preciso um milhão de reencarnações para que pagassem seus crimes de lesa povo, lesa pátria, lesa humanidade. Essas atrocidades vituperinas cometidas cotidianamente por vocês que de uma hora para outra resolveram dar o calote no sistema financeiro, e, para o horror de um mundo apostador fiel no capitalismo, tiveram de se socorrer nos estados. Dinheiro público para salvar a burguesia gorda. A burguesia esperneante, vociferante, tonitruante contra os "COMUNISTAS". Houve de se socorrer do estado. Ato declaradamente comunista - estado pai de todos. Estado provedor... Nós, enquanto não tivermos poder de fogo não teremos poder de barganha. Nisso, e apenas nisso concordo com Hugo Chávez, o companheiro do Kiko equatorenho e do seu madruga paraguaio, enquanto a Chiquinha brinca de governar a Argentina. Enquanto não tivermos poder de fogo não teremos voz, nem vez. Poderão entrar e levar as riquezas que quiserem. Poderão internacionalir a Amazônia, o Samba, Pelé, o Churrasco, o Acarajé, o Baticum prugurundum e o skindô. E não poderemos fazer nada senão continuar ali. Nariz enfiado na bosta da cabrita... Bééééééééééé!