Talvez o personagem cômico do cinema nacional de comportamento mais aproximado a meu ídolo "Macunaíma" seja um saudoso ator das antigas chanchadas da Atlântida: Zé Trindade. Baixinho, enrolador. Um tipinho e tanto. Vez ou outra sapecava olhando fixo as coxas portentosas de uma vedete como Renata Fronzi: "- O negócio é rosetar!"
Esse era Zé Trindade, um anti-herói. Nem ingênuo como Oscarito, nem galã como Sil Farney, tampouco valente igual a Jece Valadão.
Zé Trindade "caixa baixa" como eu, encrenqueiro, fazia sempre o mesmo personagem que vivia de trambiques. E na base do "conto e quinhentos" ia distribuindo um salame aqui outro acolá entre viúvas ricas e madames desquitadas...