Imagem: www.wikidoido.com
Cena: aniversário da filha adolescente, dezessete anos completados na data. Os pais estão separados há algum tempo, dois anos ou mais. Locação: casa da mãe e do novo marido, padrasto da aniversariante. O pai interpretado por Liam Neeson chega carregando um presente, um aparelho de som moderno. A filha recebe o pai com afeto abraça-o e o beija ternamente, diz um gracejo agradece o presente. Porém, quando se volta e olha pra trás a tomada da cena muda para a sua perspectiva de visão. Num plano aberto aparece o padrasto puxando pelas rédeas um magnífico cavalo puro sangue. Imediatamente a moça deixa de lado o presente dado por seu pai e aos gritos histéricos de : - Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Se arroja na direção do padrasto e do animal. Toma das mãos dele as rédeas e dispara: "- Eu te amo!" Monta no cavalo enquanto a câmara em "close up" focaliza a face constrangida do pai.
Os filmes do diretor Luc Besson, embora se voltem para o gênero "ação" são recheados dessas pequenas pérolas.Momentos de beleza e interpretações marcantes.Mas, voltando ao foco principal; no momento em que terminei de assistir aquela cena pus-me no lugar dopersonagem interpretado por Liam Neeson. E, sinceramente dividei que um criatura saída de meus genes agisse daquele modo abominável. Contudo, guardadas as devidas proporções, conheci gente assim. Em 1992 eu namorava uma moça simples. Mulher jovem, muito atraente, se comportava tal qual uma gralha. Além de grasnar intermitentemente, sentia atração irresistível por objetos brilhantes.Vivia coberta de pulseiras, anéis, colares, e, para piorar asituação era fã de "sertanejos", não os legítimos Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho etc. Mas, os abastardados Leandro e Leonardo, Zezé de Camargo e Luciano e outras duplas desse gênero de música ruim. Um dia, sei lá por quê resolvi medir sua reação diante de uma atitude minha para qual ela não tivesse explicação. Não demorou muito a oportunidade se apresentou. Certa vez ao sermos abordados pelo louquinho da cidade, um deficiente mental inofensivo. Ele como sempre "pedinchão" (hábito sem necessidade pois era de família com recursos, e sempre bem cuidado) ao ver meu relógio de pulso novo ficou encantado. Não titubeei desamarrei o relógiodo meu pulso e prendi ao dele. Aturdida, minha namorada exclamou um: oh! Perguntando: - Por que tu deste teu relógio novinhopra ele? Isso num tom de censura. - Porque ele gostou do relógio. Respondi. - Tu és louco! Exclamou a moça. - Sim. Falei concordando, largando sua mão enquanto olhava nos seus olhos dizendo: - Acabou!
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