Casa d'Aldeia é a casa original, a mais antiga habitação de minha cidade natal Cachoeira do Sul. Habitação, que, igual a cidade, apesar de tantos golpes de vento e borrascas sazonais teima em manter ao menos duas paredes de pé. Casa d'Aldeia é a minha casa. Seja bem vindo a ela!
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15 de abr. de 2009

GENTIL HOMEM


Que há de novo camarada? Efeito estufa? Velha. Corrupção generalizada em todas as esferas do poder político? Velha. Miséria é notícia velha. Sacanagem é notícia tão velha quanto o patrimônio, então o que há de novo?

Esperança é coisa sempre renovável, certamente. Respeito não, se por algum motivo vai embora nunca mais retorna, respeito tem a ver com orgulho, às vezes até soberba. Alegria renova-se tal e qual rabo de lagartixa. Perde hoje, outro dia ei-la de volta novinha em folha. Claro que isso se aplica pra aqueles cuja química cerebral não depende do reforço dos lexotans e dos prozacs. Mas, alegria, como dizia o poeta Angenor (mais conhecido como Cartola) " ...alegria, era o que faltava!" Gentileza? Alguém aí mencionou gentileza? Gentileza é matéria muito escassa. Rareia conforme o caso e a estação... Havia em São Paulo um morador de rua chamado Gentileza. Metia-se a poeta. Usava desse artifício para conquistar simpatia, era sua arte de sobrevivência. Porém, gentileza tem pouco em comum com submissão, mansidão fingida, inofensividade. Gentileza tem a ver com consciência. Com o reconhecimento da fragilidade alheia. Gentileza não se trata de aliviar a barra pra todo mundo, dispender tratamento delicado e atencioso, mostrar-se prestativo, essa era a gentileza falsa do mendigo para conseguir seu pão de cada dia. A gentileza de que falo comunga o prato com a justiça. Ela realiza intervenções necessárias ao acordo da necessidade do outro, ela o ajuda e ampara, menos por sua solicitação, mais por sua real necessidade e mérito. A gentileza no fundo é uma espécie de julgamento de valor, e, não seja nunca de outra forma. Deixemos de lado a hipocrisia, por um instante só. Pensemos: Quando deixamos de julgar um ao outro em todo momento? Avaliando, comparando, medindo... Nunca. Então, gentileza é decidir, baseado nesses julgamentos, se merece em seu favor determinada ação de nossa parte aquele próximo de nós, ou mesmo distante.

Trata-se de uma máxima gentileza sempre agir com justiça e proferir a verdade.

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