Casa d'Aldeia é a casa original, a mais antiga habitação de minha cidade natal Cachoeira do Sul. Habitação, que, igual a cidade, apesar de tantos golpes de vento e borrascas sazonais teima em manter ao menos duas paredes de pé. Casa d'Aldeia é a minha casa. Seja bem vindo a ela!
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5 de jul. de 2009

BULLYING - SÓ PARA MASOQUISTAS

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Nas películas estadunidenses o tema é recorrente - o Bullying, a opressão e violência praticada por um indivíduo ou grupo contra outros, supostamente fracos ou indefesos. Explorado de modo obsessivo esse assunto assume proporções endêmicas nos filmes yanques. Embora tal tema me pareça esgotado como enredo cinematográfico, e sim um caso para psiquiatria e justiça comum, os filmes norte americanos continuam insistindo em apresentar o assunto.
A última produção que assisti, trata-se de um filme da década de noventa, Rick Moranis, o baixinho beiçudo, de óculos grandes, tremelique, que protagonizou um contador no filme Os Caça Fantasmas 2, fazia as vezes de um professor de escola secundária, perseguido por outro professor da mesma escola.
De modo covarde o pequeno Moranis evita a todo custo encarar seu opositor ou revidar as agressões. Humilhado continuamente por seu antagonista doentio, o fisica e psiquicamente frágil Moranis, (que representa sempre a si mesmo) um adulto amedrontado, com baixa auto estima e deprimido, está à mercê de seu algoz. Sujeito violento, sádico com pouca capacidade intelectual. Tipo estereotipado de norte americano brutamontes...
Lembro de ter me irritado com a abordagem do filme. Não me recordo de qualquer ocasião em que o cinema latino americano ou latino europeu tenha aludido a esse tema. Talvez porque na cultura latina não haja uma relação pré-estabelecida entre fortões opressores e fracotes oprimidos. Sem dúvida existem os dois tipos, porém as fronteiras entre eles na cultura latina são menos visíveis.
Enquanto assistia Rick Moranis resfolegando, fugindo na costumeira tropelia histérica dos bobões metidos a engraçados (???) do cinema idiotizante yanque, pensava:
- Há pelo menos dez mil anos o conteúdo da caixa craniana de um homo sapiens sapiens o habilita a sobreviver em detrimento de sua pouca força frente às feras. Tão fácil resolver uma parada dessas. Se acha que não dá pra encarar na mão, por falta de habilidade, etc. Apela pra estratégia: Pega um bom pedaço de pau e tocaia o mané fortão, de preferência num local ermo à noite, sem testemunhas. Primeiro fratura um dos joelhos do cara. Bate forte! Se com a dor ele não perder a consciência (coisa improvável), quebra o outro. Espera ele dizer alguma bobagem, eles sempre dizem alguma bobagem, até fazem ameaças. Aí calmamente diz a ele o que vai suceder. Que sua última visão deste mundo será uma mancha, um borrão escuro, enquanto ouve a própria caixa craniana se partindo.
Afinal nós, descendentes de Dom Diogo "Caramuru" e Paraguassu (da tribo Tupinambá) temos por tradição descer o tacape nos folgados sem nenhum problema quanto a remorso ou consternação.

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