Casa d'Aldeia é a casa original, a mais antiga habitação de minha cidade natal Cachoeira do Sul. Habitação, que, igual a cidade, apesar de tantos golpes de vento e borrascas sazonais teima em manter ao menos duas paredes de pé. Casa d'Aldeia é a minha casa. Seja bem vindo a ela!
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16 de jan. de 2009

Tiro ao Álvaro

Continuam as cenas de covardia na faixa de Gaza. Fuzis calibre .223 automáticos, lançadores de granadas .40mm, metralhadoras de apoio de fogo M60 calibre .30, tanques de fabricação britânica, estadunidense, israelense, contra moleques armados de funda. Quem desempenha o papel de Davi agora? Quem é Golias o gigante Filisteu?
A história é cíclica mas se repete. O oprimido de ontem é hoje o opressor. A razão não pertence a nehum dos lados do conflito. Porque há muito não se sabe ao certo que situação o deflagrou. Uma manobra política ocidental assentando colonos na Palestina desde 1928 irritou os moradores árabes da região. O retorno súbito de judeus para sua terra histórica desocupada criou algum contrangimento e gerou confusão em baixa escala. Mas, a política agressiva da Grã- Bretanha tentando desesperadamente criar um estado tampão entre Síria e Egito, na intenção de segurar a tendência comunista ou pró comunista das duas nações deu certo para os britânicos, e muito errado para os judeus que se deixaram seduzir por alguma ajuda e se viram, da noite para o dia antipatizados por todas as nações árabes. Israel teve de comprar sucata de guerra para se defender dos ataques egípcios, sírios e jordanianos. Porém, o povo palestino nunca foi agente desses ataques em solo israelense. Havia convivência pacífica. E mesmo que não houvesse, nada justifica a covardia. Duvido que o velho Mosh Dayan fosse covarde a ponto de manter bombardeios indiscriminados contra as cidades palestinas quando se sabe que uma investida eficiente contra o Hamas e o Fatah só teria efeito por terra. Como uma grande varredura, uma batida policial casa a casa, tal e qual executa a polícia brasileira nas favelas atrás de criminosos.
Há baixas civis e militares numa operação desse tipo. Entretanto, são em número muitíssimo menor do que o verificado nesses bombardeios indecentes. Tenho vergonha disso. Vergonha de minha parcela de sangue sefaradita. Não é assim que imaginei agirem os homens de Israel. Que desonrando o nome da Pátria a ele não fazem jus. E O NOME DESSA NAÇÃO DIZ: ELE (O SENHOR) PELEJARÁ. Não é o que vejo acontecer. Vejo homens acovardados, escondidos atrás de tanques e mísseis de precisão. Ou morrendo de forma bisonha, enfileirados (soldados israelenses) sobre um muro de adobe em algum lugar na palestina enquanto um atirador do Hamas os abate como patos de tiro ao alvo. Esse não é o Israel de que eu poderia me orgulhar.