Casa d'Aldeia é a casa original, a mais antiga habitação de minha cidade natal Cachoeira do Sul. Habitação, que, igual a cidade, apesar de tantos golpes de vento e borrascas sazonais teima em manter ao menos duas paredes de pé. Casa d'Aldeia é a minha casa. Seja bem vindo a ela!
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29 de ago. de 2008

Freud Explica?

A igreja católica romana continua sua cruzada: controlar a vida de seus adeptos. Exercendo costumeira pressão sobre as instituições políticas dos países onde é religião oficial a igreja determina quais atos são passíveis de inclusão no temido "index" católico... Influente desde sempre em todas as camadas da sociedade brasileira a igreja volta suas baterias para o congresso na tentativa desesperada de impedir a aprovação da lei que autorizará o aborto de fetos anencéfalos - sem cérebro.
Seus representantes, munidos dum discurso subjetivo, composto de frases de efeito por vezes incoerentes, apelativo e contraditório, insistem na manutenção do que definem como "direito à vida" a qualquer preço, em detrimento da saúde da mulher ou mesmo da condição da família e do feto natimorto. A intolerância encontra respaldo na tradição católica: manter controle absoluto sobre os fiéis, com maior rigidez no caso dos seres tidos para eles na conta de subalternos: as mulheres. Submetidas ao homem desde o antanho dos capítulos do gênese, aos olhos da igreja católica romana as mulheres continuam sem o direito absoluto sobre o destino de seus corpos e dos fetos gerados e nutridos dentro deles. Sob ameaças de excomunhão, o réprobo eclesiástico, a igreja mantém a proibição às mulheres da prática do aborto sob quaisquer circunstâncias...
No decurso da história, esta mesma igreja defensora ferrenha da vida intra-uterina governava o mundo ao lado e acima de seus reis vassalos, indefesos diante de seu terrível instrumento: a confissão. Acima do bem e do mal usava a igreja métodos pouco ortodoxos para obter vantagens pecuniárias ou políticas, tais como: tortura, sedição, simonia, venda de indulgências prometendo perdão para os pecadores mortos, escravagismo, chantagem, entre outras maquinações & trambiques que precipitaram a revolta de Lutero e a reforma. Desde o advento de Agostinho - canalha que se tornou santo, a coisa não está boa para o lado das mulheres. Agostinho vivente na Roma do ano 380 era um neurótico que após gerar um filho (Adeodato - presente para Deus) com uma escrava a conselho de sua "mamã" santa Mônica despediu-a e ao filho para desposar uma patrícia ricaça. Todavia algo estava fora de ordem e Agostinho virou o fio. Divorciou-se da segunda mulher e iniciou sua pregação fanática a favor da castidade, satanizando o sexo, e, colocando a instituição do casamento sob suspeição de pecado. Conforme Agostinho sexo é só para reprodução, gozar não pode. Os "enrustidos" seguiram os passos de Agostinho e no século XV a igreja instituiu a obrigatoriedade do celibato para seus membros (péssimo trocadilho).
Toda essa ronha desembocou na bisbilhotice e interferência da igreja na vida dos casais, bem como o desenvolvimento de relações politicamente promíscuas entre si e os estados nos quais está presente como religião oficial.
O único comentário possível da parte deste um anarco-comunista sobre tudo isto é o seguinte: Tratemos esta instituição conservadora, caduca, como um pesadelo recorrente desde a infância. Se não conseguirmos nos livrar dele apelemos a Sigmund. Pois já cantava de modo sábio um compositor popular brasileiro amigo meu: "- Freud explica!"
P.S Para aprofundar o assunto recomendo a leitura de EUNUCOS EM NOME DE DEUS da escritora alemã Uta Ranke Heinemann. Uma das maiores teólogas do mundo ela expõe como a igreja impos ao mundo suas idéias distorcidas sobre sexualidade humana.

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